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UFPI traz a Teresina exposição e minicurso sobre “Coronelismo Eletrônico”

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

Pesquisadores, estudantes de Comunicação, professores e jornalistas participaram, na noite desta segunda-feira (26), no Cineteatro da UFPI, da solenidade de abertura da Exposição Coronelismo Eletrônico. Na Universidade, o evento é organizado pelo Grupo de Pesquisa em Comunicação, Economia Política e Diversidade (Comum/UFPI).

O termo Coronelismo Eletrônico ganhou visibilidade na década de 1990, quando os impactos da distribuição de concessões de radiodifusão a políticos começava a revelar uma prática de barganha que envolvia presidentes, ministros, senadores, deputados, grandes grupos de mídia nacionais e o universo isolado dos pequenos municípios brasileiros. A inspiração para o termo veio do coronelismo político.

A mostra itinerante Coronelismo Eletrônico relaciona documentos de concessões de radiodifusão no Brasil, no período de 1964 até 2015, à vida política nacional. Traz ao debate a utilização das outorgas de rádio e de televisão a políticos como moeda de troca e barganha, num jogo de relações de poder moldado pelo uso patrimonialista e clientelista das concessões públicas.

A coletânea de cartas, em sua maioria, é fruto de quase quatro meses de levantamento de dados pelo Grupo de Pesquisa Políticas e Economia da Informação (Peic), da UFRJ, em registros no Diário Oficial da União e, em uma segunda etapa, no Arquivo Nacional, em Brasília. Além da mostra itinerante, integra a programação um minicurso sobre coronelismo eletrônico, que ocorre na UFPI, de 27 a 29 de setembro.

A abertura do evento teve a presença da Vice-Reitora da UFPI, Profa. Dra. Nadir do Nascimento Nogueira; da Superintendente de Comunicação da UFPI e Coordenadora do Grupo Comum, Profa. Dra. Jacqueline Lima Dourado; do Vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPI, o Prof. Dr. Paulo Fernando. Participaram ainda da composição da mesa a docente da Escola e do PPG em Comunicação da UFRJ, Profa. Dra. Suzy dos Santos, que dividiu a condução da palestra de abertura do evento com a doutoranda do PPG em Comunicação e Cultura, da UFRJ, Janaíne Sibelle Freires Aires.

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Superintendente de Comunicação da UFPI e Coordenadora do Grupo Comum, Profa. Dra. Jacqueline Lima Dourado

Na saudação ao público, a coordenadora do evento na UFPI, Professora Jacqueline Dourado, enalteceu a importância de refletir sobre coronelismo eletrônico ainda mais às vésperas de uma nova eleição. “Espero que essa palestra e a exposição nos façam refletir sobre o modelo de comunicação vigente no Brasil e que possamos apontar, criticar e sugerir saídas para essa situação”, disse. 

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 Vice-Reitora da UFPI, Profa. Dra. Nadir Nogueira

Em sua fala, a Vice-Reitora destacou a satisfação da UFPI em sediar os debates sobre o tema. “Essa discussão sobre a relação política e de troca, que está por trás das concessões de rádios e tvs a políticos; e a forma como essas outorgas acontecem nos fazem refens delas também. É um debate muito oportuno!”, falou Nadir Nogueira.

Na palestra, ministrada pelas pesquisadoras da UFRJ, foi mostrada uma síntese de como ocorreu o processo da pesquisa dos documentos e também foram apresentados alguns dos documentos que estarão expostos, a partir desta terça-feira (27) até dia 7 de outubro, no Hall da Biblioteca Central da UFPI. 

A palestra apresentou cinco pontos como heranças conceituais do coronelismo eletrônico: a circunscrição a um momento de transição do sistema político nacional; as relações clientelistas com alto grau de reciprocidade; a debilidade da distinção entre interesse público e privado; o controle dos meios de comunicação baseado no poder político em detrimento do poder econômico; e isolamento da municipalidade.

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 Palestra de abertura da Exposição

“A gente observa nesses documentos essa relação de proximidade e de mistura da coisa pública com a coisa privada, que deixa muito claro como a comunicação brasileira se estruturou a partir dessas relaçoes de compadrio e pelo patrimonialismo”, frisou a pesquisadora Janaíne Sibelle.

“O jeito que a gente se entende na sociedade passa pela comunicação e o jeito como a gente age como cidadão também passa pela política. Essa relação entre comunicação e política e, em especial, o uso político das concessões de radio e tv, é importante para qualquer cidadão, porque o pleno exercício da cidadania  depende de estar bem informado sobre a situação em que você vive”, finalizou a palestrante Suzy dos Santos. 

Confira mais fotos:

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